O pedido de casamento mais emocionante dos últimos tempos
O pedido de casamento mais emocionante dos últimos tempos contado por mim, o Moço Bonito!
Primeiramente, preciso me explicar, eu não sou convencido rsrs… O moço bonito tem explicação.
Vou contar um pouco de como foi o pedido de casamento, da nossa história e tudo vai fazer sentido.
Um pouquinho da nossa história.
Bom, eu namorei desde muito cedo (16 anos) e emendando namoro atrás de namoro, se foram 8 anos e finalmente estava solteiro. Virei solteiro convicto. Festas atrás de festas… com um único objetivo: dominar o mundo! Criei uma marca, a #LBÇA, um grupo de amigos com o mesmo objetivo, fazer lambança, e assim eu achava que tinha a vida perfeita.
Um dia, indo pra mais uma festa, parei meu carro em uma rua, Rua Dona Cecilia, e passou por mim um carro com um rapaz dirigindo e uma mulher muito bonita de carona. Eles entraram na garagem em frente aonde parei o carro. Tive a sensação de que a mulher me olhou, mas logo pensei que o ego estava grande demais, afinal, ela estava acompanhada, entrou dentro do prédio. Vida que segue e fui pra festa.
A mulher bonita era a Ana, e abro um parênteses para contar o lado dela da história. A Ana é uma mulher muito especial. Aos 17 anos engravidou, se dedicou a faculdade, formou em Terapia Ocupacional, e mesmo com toda responsabilidade de criar um filho tão nova, ela teve coragem de largar tudo, e ir atrás do seu sonho de ser Designer de Joias. Ela vivia um momento especial em sua carreira; sua marca, Ana Tomich Design, estava crescendo, assim como suas vendas e estava realizando seus sonhos, porém o término muito conturbado de uma relação acabou balançando isso tudo.
Esse foi o momento em que nossos carros se cruzaram: quem dirigia era o irmão dela, com quem ela começou a sair buscando momentos de alegria e paz enquanto tentava andar com sua vida e seguir em frente. E Não é que ela realmente me olhou?! E de acordo com ela, algo diferente aconteceu em seu coração e veio uma certeza de que precisava me conhecer. O irmão dela, como um bom irmão deve ser, foi contra: “Conhecer cara na rua? Isso não é coisa de mulher de família”
Mas diferente de mim, que desisti do que vi e fui para a festa, a Ana é uma mulher muito determinada e conseguiu, com um argumento muito lógico, convencê-lo: “Eu já fiz isso antes? Não! então pronto! me responde, se uma mulher de família, trabalhadora e gente boa deixasse um bilhete no seu carro, o que você ia achar?”. Aí pronto, ele não teve como atrapalhar mais e ela deixou o tal bilhete no meu carro:
“Olá Moço bonito. Estava c/ meu irmão agora há pouco entrando aqui na garagem em frente, quando você estava saindo do carro. Gostei de você, Beijo, Ana.”
Quando cheguei no carro e vi aquele bilhete, fiquei desacreditado. Será que era a mulher bonita do carro? Será que ela é bonita mesmo? Putz, mulher que deixa bilhete em carro não deve valer nada (machista e burro pra cacete). E aos poucos fui respondendo a essas perguntas. Era uma mulher linda, com um filho lindo, trabalhadora, inteligente, determinada, carinhosa, com valores e princípios iguais aos meus, etc etc etc (posso ficar horas falando).
Mas não foi fácil ver e aceitar isso tudo, afinal eu estava na vida “perfeita”, certo? E me envolver com uma mulher que é mãe? E acabou de sair de um noivado? Era muitaaaa coisa pra assimilar e absorver. E dessa forma eu acabei enrolando a Ana por 10 meses, até a paciência dela quase acabar e eu perceber que minha vida era boa sim, mas não perfeita e que não podia mais viver sem ela. Começamos a namorar e foi um bom. Tudo bateu, famílias, amigos, ideias, planos, tudo. Em muito pouco tempo já estava claro que ia ser pra sempre. E assim que essa certeza bateu, começamos a planejar um futuro. Começamos a nos estruturar financeiramente e a olhar apartamento, mas era uma decepção atrás da outra e já estávamos decididos a poupar grana e no futuro procurar novamente.
Mas aí apareceu um último apartamento… antigo, acabado… literalmente destruído! Mas fomos visitá-lo e realmente estava em uma situação péssima, com donos maravilhosos, mas um caco. isto pra quem não tem visão…. eu e a Ana vimos ali um potencial absurdo e tivemos certeza na hora: esse é nosso futuro lar! Ah, pequeno detalhe, o endereço do apto: Rua Dona Cecilia… a Rua onde a Ana deixou o bilhete no meu carro!
Fizemos um lance, os proprietários aceitaram. Tudo certo né? Claro que não… Deu tudo errado! Logoque começamos a verificar a papelada de aquisição descobrimos que Ana estava com nome bloqueado na justiça, faltava documentação do imóvel, dos proprietários e daí em diante foi uma bola de neve. Assim que os problemas começaram eu fui atrás de proteção… Descobri que existe uma santa que se chama Santa Cecilia… Protetora dos músicos e artistas. Comprei uma imagem da Santa Cecilia e dei pra Ana (que não havia se atinado para o fato de o apartamento ser na mesma rua), que era um sinal de que eu tinha certeza de que ali começaríamos nosso primeiro lar, e mais que isso, nossa família.
E não é que a Santa Cecilia é boa mesmo? Logo que dei a Santa pra Ana, as coisas começaram a se resolver, nome desbloqueado, documentação regularizada, tudo! impressionante! e assim compramos nosso apartamento. Como disse, a situação em que o apartamento se encontrava era deplorável e quase que imediatamente começamos uma reforma… Com a previsão de entrega da reforma, veio o plano do casamento, mas faltava um detalhe né? Ficarmos NOIVOS…
O pedido do pedido.
Antes de falar sobre o pedido, preciso contar uma parte muito legal desta jornada.
Havia planejado o pedido há muito tempo e tudo com o máximo de segredo, pois eram muitos detalhes e qualquer deslize ia estragar tudo.
Quando já estava chegando a data, eu precisava organizar a participação do Cacaio, filho da Ana. Liguei para o Thiago, pai do Caio, pedindo que ele deixasse ele com a gente nesse final de semana, e como sempre o Thiago medeu o maior apoio.
Já na véspera, o Caio tinha um jogo de futebol as 7 da manhã, e como a Ana ODEIA acordar cedo, me ofereci pra leva-lo.No caminho para o jogo, falei pra ele:
“Cacaio, sabe a surpresa que vamos fazer pra sua mãe amanhã?” (Havia falado pra todo mundo que era um aniversário surpresa.)
“Então, na verdade não vai ser um aniversário, eu vou pedir sua mãe em casamento, mas antes eu gostaria de saber se você aceita que eu case com sua mãe?”
Graças a Deus a resposta foi bem positiva e ele teve um papel fundamental no “dia D”.
Bora falar do pedido..
Nossa historia era muito linda e merecia um pedido a altura. Um pedido que retratasse todo nosso amor e suas particularidades. A Rua, A Santa, os Bilhetes, o(a) Moço(a) Bonito(a). E assim deixei a imaginação fluir.
Primeiro a data, TINHA QUE SER NO DIA DE SANTA CECILIA NÉ?! 22 de novembro. O conceito já estava pronto, queria pedir a Ana em casamento do ponto de nosso primeiro bilhete, até dentro de nosso novo lar. Dai foram idas e vindas de como executar isso, de como tornar esse sonho realidade e grande parte foi decidido nos 45″ do segundo tempo, a adrenalina foi a mil. E aí eu pensei: Eu não vou ver grande parte do meu pedido! A Ana vai ficar tão em choque que não vai ver todos os detalhes! ISSO PRECISA SER REGISTRADO.. E PRECISA SER BEM FEITO.
Eu estava ficando maluco já.. Quem ia registrar isso? Como? Mas ai, novamente as coisas brilhantemente se encaixaram. A Ana marcou um encontro com os fotógrafos da Agência UAI, que ela gostaria que fizessem nosso casamento e aí pronto, peguei o cartão do Edu e ai foram algumas trocas de email e uma reunião com toda equipe poucas semanas antes do dia “D”. Foi sensacional! A troca de ideias e a forma com que a Agência abraçou a história foi impressionante. Agora era só esperar chegar a data! Tirei até férias pra conseguir fazer tudo.
Dia 22/11 – Os cartazes (bilhetes) feitos pelo meu grande irmão da vida, Guilherme Lima, ficaram lindos! Caio acabava de pegar o anel escondido e levar pra mim, hajaaa coração (depois do vídeo conto um pouco mais sobre esse anel), os amigos e familiares que convidei para o pedido estavam chegando, os balões estavam cheios, as fotos sendo penduradas (até o últimooo minuto): era hora de começar o pedido.
Havia falado pra Ana que era um almoço na casa do meu chefe, e que a buscaria às 11hrs.
10h50 estavam todos posicionados na rua e eu me arrumava para encontrá-la. Mandei o primeiro áudio: “Amor, estou saindo de casa”. 02 minutos depois o segundo (moramos bem perto):
“Amor, desce pela rua da garagem (onde ela deixou o bilhete), não tinha como parar em frente ao seu prédio”.
Bom, o resto é só assistir o vídeo.
Fazendo uma Designer de Joias desenhar o próprio anel, sem saber!!
Um parênteses para falar do anel de noivado. A Ana é Designer de Joias, e das boas, e é claro, eu não poderia pedi-la em casamento com um anel que não fosse feito por ela. Mas e agora, como pedir uma pessoa em casamento com um anel que ela fez e sem que ela soubesse?!?!Calma que tudo tem um jeito: Intimei a prima dela (quase irmã) Ana Márcia para ser cúmplice, e ela por sua vez pediu que um colega de trabalho, o famoso Fernando, virasse o falso cliente.
Imagina um cliente que a Ana curtiu! Afinal, o cara aceitava todas suas opiniões, sabia todos os gostos da futura noiva e que por sinal eram iguais ao dela. Magico né? Todo dia a Ana me falava deste Fernando, estava começando a ficar com ciúmes kkkkk.
Pra deixar ela mais confusa ainda, eu troquei a caixinha do anel. Ao invés de usar a caixinha linda Ana Tomich, eu comprei uma daquelas bem baratinhas. Quando abri e ela viu a joia, ela só falava assim “O anel do Fernando” kkkk.
Pouca gente sabe, mas a Ana ficou em estado de choque. Depois do pedido, nós fomos almoçar em um restaurante e ficamos quase toda a tarde lá. Só quando saímos que a ficha da Ana caiu. Ela começou a chorar compulsivamente e queria saber todos os detalhes. Até o vídeo sair ela me ligava de hora em hora querendo mais alguma informação rsrs…
Nada disso seria possível se não fosse a determinação de uma mulher, que deixou o bilhete no vidro do meu carro e da ajuda de tantas pessoas amadas que tornaram esse dia possível.
Mais algumas fotinhas desse dia inesquecível!